segunda-feira, 20 de abril de 2009

Romeu e Julieta

A peça Romeu e Julieta foi escrita por Willian Shakespeare no início de sua carreira, entre 1591 e 1595. A peça fala sobre um casal, no qual cada um pertence a famílias rivais que são ricas e aparentadas do príncipe de Verona. As cenas passam-se em Verona e em Mântua na Itália. Romeu e Julieta é dividida em cinco atos, cada um contém em média quatro cenas.

Os personagens da peça são compostos por ESCALA, príncipe de Verona, PARIS, parente do príncipe, MONTÉQUIO e CAPULETO, um velho da família Capuleto, ROMEU, filho de Montéquio e JULIETA, filha de Capuleto, MERCUCIO, amigo de Romeu, BENVÓLIO, sobrinho de Montéquio, TEOBALDO, sobrinho de Capuleto, FREI LOURENÇO e FREI JOÃO, da Ordem de S. Francisco, BALTASAR, criado de Romeu, SANSÃO E GREGÓRIO, criados de Capuleto, PEDRO, criado da ama de Julieta, ABRAÃO, criado de Montéquio. Um boticário, três músicos, dois pajens de Paris. Um oficial. A senhora de Montéquio. A senhora de Capuleto. Cidadãos de Verona, meirinhos, mascarados, guardas etc. Coro.



O primeiro ato se inicia com um desentendimento entre os criados de Montéquio e de Capuleto, logo a briga aumenta com os mais rivais que vão se juntando até a chegada do príncipe que foi chamado para acalmar os ânimos e proibiu lutas nas ruas. Logo depois entra em cena Romeu lamentando um amor não correspondido.

Enquanto isso, na casa dos Capuleto, Paris vai até lá para pedir a mãe de Julieta a seu pai, ao chegar a notícia até seus ouvidos, ela não aceita. Na mesma noite há uma festa na casa do Capuleto e é nela que Romeu, ao entrar de penetra, conhece Julieta e se juram amor eterno. No dia seguinte resolvem casar-se, sem ninguém saber, apenas o Frei Lourenço, que se dá o fim do segundo ato.

No terceiro ato, ao Romeu envolver-se numa briga e matar Teobaldo, ele acaba por ser desterrado e no quarto ato Julieta é forçada a casar-se com Paris. Ela logo foi se lamentar com o Frei Lourenço, e ele teve uma idéia de dar uma poção que vai fazê-la parar de respirar, ficar branca e fria como se tivesse morrido, mas 48 horas depois ela estaria normal novamente e que nesse espaço de tempo ele mandaria uma carta para Romeu avisando do que ocorreria. Mas esse não foi o esperado. Tudo acabou dando errado. No quinto e ultimo ato, frei João que ficou responsável por entregar a carta a Romeu não conseguiu chegar até ele em Mântua e teve que voltar. Romeu soube do ocorrido por Baltasar e voltou rapidamente para Verona. Quando ele chegou ao sepulcro, o Paris estava lá e começaram a lutar. Paris morreu na luta. Romeu tomou um veneno que tinha encomendado, logo que caiu, Frei Lourenço chegou e Julieta acordou. Ao ver o seu amado caído, o beijou e reclamou por ele não ter deixado nenhuma gota do veneno para que ela morresse junto dele. Quando ela escutou passos em sua direção, pegou um punhal e enfiou em seu peito.

Logo chegaram várias pessoas, inclusive os pais do casal morto e o príncipe. O príncipe pediu explicações sobre o ocorrido e o Frei contou sobre tudo. Então as duas famílias resolveram, tardiamente, se acertar.

A peça é essencialmente trágica onde famílias aparentadas são rivais e há o amor não compreendido entre elas. Ao pensarmos que a história iria ter um final feliz, Shakespeare nos faz uma surpresa nos mostrando um final mais trágico que todo o enredo da peça. Ao morrer o amigo, o primo, a mãe, o candidato a noivo e os personagens principais, estes, não conseguindo alcançar a felicidade que desejavam, mostra a característica de uma peça totalmente trágica, na qual, somente no final, a morte dos dois adolescentes acaba unindo as duas famílias.

Lisístrata - A greve do sexo

Lisístrata – A greve do sexo é uma comédia anti-guerra escrita por Aristófanes.
Esta obra é do século V a. C. Nesta época, Atenas passava por um período difícil de sua história. Abandonados por seus aliados, os atenienses tinham ao redor das muralhas de suas cidades as tropas de Esparta. Essa luta fratricida enfraquecia a Grécia, pondo-a à mercê dos Persas e Medos.

A peça de Aristófanes, faz uma crítica severa a essa guerra, envolvendo as mulheres das cidades gregas na Guerra do Peloponeso, lideradas pela ateniense Lisístrata, que decidem instituir uma greve de sexo até que seus maridos parem a luta e estabeleçam a paz.

A peça inicia detalhando um pouco o ambiente no qual Lisistrata, a heroína da história, se encontrava com sua amiga Cleonice. Na conversa entre elas, Lisistrata afirmava estar chateada por causa da demora da chegada das outras mulheres que ela marcou reunião para discutirem sobre seus maridos e sobre a guerra.

Lisistrata fala para Cleonice que tem uma forma para que esta guerra termine. Muito curiosa Cleonice quer saber como. Lisístrata, afirma que todas as mulheres devem usar seus corpos e seduzir seus maridos., mas para isso, devem ter força de vontade.

Aos poucos, as companheiras de outras cidades vão chegando. Depois de todas terem chegado, Lisistrata começa a grande reunião. Já havia conseguido reunir todas as mulheres, de todas as cidades gregas no qual estavam guerreando entre si.

Durante a reunião ela vai dando exemplos das próprias mulheres, que praticamente perderam seus maridos para a guerra, afirmando que eles vivem viajando e muitas delas passam meses sem olhaá-los. Lisístrata expos sua ideia de fazer a greve do sexo. No início, as mulheres não aceitaram essa idéia, pois afirmavam que não iriam conseguir, nem resistir ficar sem seus maridos; dormir na mesma cama e nada acontecer.

Lisístrata então, disse, que isso era para um bem maior e que depois disso, elas iriam ter mais tempo perto deles.

Durante a peça há o coro de velhos, que se posicionam contra as mulheres guerreiras. Eles se fazem de vítimas para que as mulheres sejam presas pelos militares. Elas, então, se unem e deixam com medo os próprios soldados.

Durante a peça, há o exemplo da Mirrina e Cinésias. Mirrina estava alojada junto com as mulheres grevistas, e seu marido, Cinésias, foi lá para tentar levá-la de volta para casa, ou simplesmente para “celebrar os mistérios de Afrodite”. Mirrina, por conselho de Lisístrata, foi falar com o marido e mesmo quando ele achava que ela estava cedendo, ela só o enrolava, fazendo com que ele ficasse com mais vontade de te-la de volta.

Com uma ereção universal, os homens entram com uma proposta de paz. Mesmo os mais velhos se assustavam com o resultado que as mulheres os deixaram. Os embaixadores de toda a grécia chegam para discutirem a paz.

No final, os gregos se entendem, fazem um grande banquete. E na casa de Lisistrata, após expulsar todos, seus marido aparece, com um gesto feito por ela, ele atende e tira toda a paramentação militar. “Ele estende as mãos. Ela avança, se ajoelha, beija-lhe as mãos em submissão”.

No final do livro há uma explicação sobre a peça. Lisístrata foi representada pela primeira vez em um festival de teatro em 411 a. C. As mulheres nem sequer eram consideradas cidadãs atenienses. Mas na peça elas se reunem, deliberam sobre o futuro de sua sociedade e dos seus, ameaçado pela guerra e tomam uma atitude drástica.

O caráter satírico dos gêneros cômicos facilitava a inversão dos costumes, colocando as mulheres com papéis de suma importância nas peças. Cenas absurdas e o tom obsceno do enredo, provém das origens mágicas e ritualísticas do teatro e das relações desde com os cultos pagãos e humanistas à fecundidade e à fertilidade. É bom lembrar que os papéis de mulheres, quem faziam eram homens com máscaras brancas e o papel de homens era feito com máscaras pretas.

Resenha do livro O Mulato

O romance O Mulato foi escrito por Aluízio Azevedo no ano de 1881. Foi seu segundo livro, marco da sua carreira de escritor, e foi esponsável pelo início do naturalismo no Brasil. O Mulato é uma denúncia do preconceito racial na sociedade maranhense e da corrupção do clero, o livro irritou os comprovincianos de Aluísio a ponto de o escritor resolver mudar-se para a Corte, onde faria sucesso.

O livro inicia com uma descrição fúnebre da cidade de São Luís. “Era um dia abafadiço e aborrecido.” É nessa atmosfera abafada, tanto do ponto de vista climático quanto do convívio social que são apresentadas as personagens. Depois de falar do aspecto sujo e preguiçoso, tanto da cidade quanto da população, que o narrador apresenta a casa de Manuel Pescada.

Manuel Pescada era “um português de uns cinqüenta anos, forte, vermelho e trabalhador. Diziam-no afilado para o comércio e amigo do Brasil. Tinha uma filha chamada Ana Rosa. Em sua casa, morava a filha e a sogra. Era viúvo. Tinha um comércio e queria fazer sua filha casar-se com o colaborador, o caixeiro Luís Dias, que o narrador descreve como: “O Dias, que completava o pessoal da casa de Manuel Pescada, era um tipo fechado como um ovo, um ovo choco que mal denuncia na casca a podridão interior. Todavia, nas cores biliosas do rosto, no desprezo do próprio corpo, na taciturnidade paciente daquela exagerada economia, adivinhava-se-lhe uma idéia fixa, um alvo para o qual caminhava o acrobata, sem olhar dos lados, preocupado, nem que se equilibrasse sobre um corda tesa. Não desdenhava qualquer meio para chegar mais depressa aos fins; aceitava, sem examinar, qualquer caminho desde que lhe parecesse mais curto; tudo servia, tudo era bom, contanto que o levasse mais rapidamente ao ponto desejado. Lama ou brasa -- havia de passar por cima; havia de chegar ao alvo -- enriquecer. Quanto à figura, repugnante: magro e macilento, um tanto baixo um tanto curvado, pouca barba, testa curta e olhos fundos. O uso constante dos chinelos de trança fizera-lhe os pés monstruosos e chatos quando ele andava, lançava-os desairosamente para os lados, como o movimento dos palmípedes nadando. Aborrecia-o o charuto, o passeio, o teatro e as reuniões em que fosse necessário despender alguma coisa; quando estava perto da gente sentia-se logo um cheiro azedo de roupas sujas.”

A descrição é um dos momentos mais claramente naturalistas do romance. As personagens caricaturais dominam o romance. O Realismo-naturalismo vai abusar das caricaturas para ressaltar o lado apodrecido das personagens e da sociedade retratada.

Ana Rosa é uma jovem romântica da época. Sonhava com a chegada do seu príncipe encantado para levá-la da mediocridade da vida em São Luís.

Chega então, Raimundo, jovem advogado, sobrinho do Manuel Pescada e primo da Ana Rosa. Ela se apaixona por ele e ele por ela.
Raimundo saiu ainda pequeno de São Luís para Lisboa. Ele era filho do irmão de Manuel Pescada, José Pedro da Silva com sua escrava negra Domingas. Depois de seu nascimento, José Pedro casou-se com Quitéria Inocência de Freitas Santiago, mulher branca e impiedosa. Enciumada com a atenção especial que José Pedro dedicava ao pequeno Raimundo e à escrava Domingas, Quitéria ordenou que a negra fosse açoitada e que suas partes genitais fossem queimadas.
José Pedro, indignado com tamanha crueldade, leva o filho para a casa do irmão em São Luís. Voltando à fazenda, flagra a mulher e o então jovem e sedutor Padre Diogo em pleno adultério. Enfurecido, José Pedro mata Quitéria e forma um pacto de cumplicidade com o Padre Diogo: esconderão a culpa um do outro. Desgraçado e doente, José Pedro refugia-se na casa do irmão. Ao se restabelecer, resolve voltar à fazenda, mas, no meio do caminho, é assassinado por ordem do Padre Diogo, que já começara a insinuar-se também na casa de Manuel Pescada.

O cônego Diogo é muito bem visto na família de Manuel Pescada. Sempre confiaram nele, principalmente quando viram a solicitude dele em saber como estava a saúde de José Pedro. Ana Rosa sempre se confessou com ele, o que acabou prejudicando o jovem casal no final do romance.

Quando Raimundo desejou saber de sua vida na fazendo, fora lá com seu tio, muito embora não quisesse ir, pois dizia ser mal assombrada. Na viagem, Raimundo pediu a mão de Ana Rosa em casamento e Manuel Pescada negou. Raimundo ficou sem entender o porquê da resposta, já que ele era um homem descente e tinha estudo, mas mais tarde seu tio explicou porque seria. Eles chegaram ao sítio abandonado e durante a noite se deparou com a figura de uma negra velha, curvada, que na viagem de volta à São Luís descobriu ser ela a sua mãe.

Cansado do tratamento incomum dos habitantes da cidade e da própria casa do tio, ele sai de lá e fica alojado numa casa sozinho. Decide voltar para o Rio de Janeiro, mas mandou uma carta para Ana Rosa confessando o seu amor. O amor pela prima o impede de partir. Eles se encontram e Ana Rosa acaba engravidando.

Eles armaram para fugir, mas o cônego Diogo, usando as confissões de Ana Rosa, e com a colaboração do Caixeiro Dias que intercepta as cartas do casal ele consegue impedir a fuga, fazendo com que o Manuel Pescada os surpreenda. Raimundo volta para casa atordoado e quando está abrindo a porta, é atingido nas costas por um tiro disparado por Luís Dias, com uma pistola que o cônego Diogo lhe emprestou.

Ana Rosa, ao saber do ocorrido, desmaiou e no mesmo momento perdeu o filho que esperava de Raimundo.

No final do Livro, seis anos depois aparece Ana Rosa casada com Luís Dias saindo de uma recepção oficial.
"O par festejado eram o Dias e Ana Rosa, casados havia quatro anos. Ele deixara crescer o bigode e aprumara-se todo; tinha até certo emproamento ricaço e um ar satisfeito e alinhado de quem espera por qualquer vapor o hábito da Rosa; a mulher engordara um pouco em demasia, mas ainda estava boa, bem torneada, com a pele limpa e a carne esperta. Ia toda se saracoteando muito preocupada em apanhar a cauda do seu vestido, e pensando, naturalmente, nos seus três filhinhos, que ficaram em casa a dormir. -- Grand'chaine, double, serré! berravam nas salas. O Dias tomara o seu chapéu no corredor e, ao embarcar no carro, que esperava pelos dois lá embaixo, Ana Rosa levantara-lhe carinhosamente a gola da casaca. -- Agasalha bem o pescoço, Lulu! Ainda ontem tossiste tanto à noite, queridinho!..."

Podemos observar a ironia final, bem a gosto naturalista, coloca por fim toda a idealização romântica de Ana Rosa e Raimundo. O mal triunfa, associado à igreja corrupta e ao comércio burguês.

O Naturalismo é uma escola literária conhecida por ser a radicalização do Realismo, baseando-se na observação fiel da realidade e na experiência. Os romances naturalistas se destacam pela abordagem extremamente aberta do sexo e pelo uso da linguagem falada. O resultado é um diálogo vivo e extraordinariamente verdadeiro, que na época foi considerado até chocante de tão inovador. Ao ler uma obra naturalista, tem-se a impressão de estar lendo uma obra contemporânea, que acabou de ser escrita.

O gibi do momento

A Mônica Jovem causa sensação entre crianças e adolescentes




A turminha que antes tinha 7 anos de idade já há 5 décadas, agora tem 15. Deixaram de lado o ser criança e agora são jovens. Uma turminha que antes só brincava, e tinham certos namoricos, agora tem que lutar com forças do mal e abordam temas mais sérios como sexo, violência e drogas.

Turma da Mônica Jovem é mais uma autoria do desenhista, Maurício de Sousa. Ele, numa manobra incomum no mundo dos quadrinhos, acaba de reinventá-la.

Em entrevista com a revista Veja, Maurício de Sousa, o criador da turminha, explicou porque os novos gibis fazem tanto sucesso. Para ele, se antes adolescentes de 14 anos ainda liam e gostavam dos seus gibis, hoje eles começam a deixar de lê-los aos 7. Aos poucos, passam a considerar a Turma da Mônica coisa de criança e a comprar mangás japoneses.

De acordo com ele, são vendidos 200 mil exemplares do gibi da ainda criança e hoje, com a Mônica Jovem, são vendidas 410 000. é notável o sucesso da nova turma “amadurecida”.

Em comunidades do Orkut, o desenhista recebeu algumas críticas, afirmando que ele estava apelando. Mas, ainda em entrevista com a Veja, Maurício afirmou que crianças não sabem que vestidos curtos e roupas decotadas tem a ver com sexualidade, para elas isso tudo apenas faz parte da moda.

Desde a Turma da Mônica criança, o criador da turminha já estava fazendo mudanças. Um exemplo foi com a família do personagem Xaveco que tinha os pais separados, assunto que antes não era abordado na revistinha, mas que para Maurício, isso hoje é bastante comum, principalmente pra ele, que é casado pela quarta vez, tem filhos de diferentes idades, indo de 49 a 12 anos.

Outro diferencial nestes novos exemplares da Mônica Jovem é que eles são em forma de Mangá é a palavra usada para designar as histórias em quadrinhos feitas no estilo japonês. A ordem de leitura de um mangá japonês é a inversa da ocidental, ou seja, a leitura das páginas é feita da direita para a esquerda. A Mônica Jovem ainda é em estilo ocidental, lido da esquerda para a direita, mas assim como o mangá, o conteúdo é impresso em preto-e-branco.

Apesar de todas as explicações do desenhista, ainda são crianças as maiores leitoras dos gibis, e esses temas abordados são marcantes mesmo para os pais que temem seus filhos saberem sobre esses assuntos. Por mais que no mundo haja pessoas violentas e inúmeras maneiras de cometer crimes, os pais pensam que se os filhos não souberem fica mais fácil de protegê-los. O que acaba não sendo verdade, pois informação acaba prevenindo. Por mais que a criança seja pequena, ela entende por que não deve aceitar doces de estranhos e não vai ser simplesmente porque “mamae não deixa”.

A nova revistinha de Maurício de Sousa promete abordar novos temas para alertar crianças e fazer com que adolescentes se identifiquem com as histórias. Mais uma inovação do desenhista, acompanhando as crianças a caminho do futuro.