segunda-feira, 20 de abril de 2009

Lisístrata - A greve do sexo

Lisístrata – A greve do sexo é uma comédia anti-guerra escrita por Aristófanes.
Esta obra é do século V a. C. Nesta época, Atenas passava por um período difícil de sua história. Abandonados por seus aliados, os atenienses tinham ao redor das muralhas de suas cidades as tropas de Esparta. Essa luta fratricida enfraquecia a Grécia, pondo-a à mercê dos Persas e Medos.

A peça de Aristófanes, faz uma crítica severa a essa guerra, envolvendo as mulheres das cidades gregas na Guerra do Peloponeso, lideradas pela ateniense Lisístrata, que decidem instituir uma greve de sexo até que seus maridos parem a luta e estabeleçam a paz.

A peça inicia detalhando um pouco o ambiente no qual Lisistrata, a heroína da história, se encontrava com sua amiga Cleonice. Na conversa entre elas, Lisistrata afirmava estar chateada por causa da demora da chegada das outras mulheres que ela marcou reunião para discutirem sobre seus maridos e sobre a guerra.

Lisistrata fala para Cleonice que tem uma forma para que esta guerra termine. Muito curiosa Cleonice quer saber como. Lisístrata, afirma que todas as mulheres devem usar seus corpos e seduzir seus maridos., mas para isso, devem ter força de vontade.

Aos poucos, as companheiras de outras cidades vão chegando. Depois de todas terem chegado, Lisistrata começa a grande reunião. Já havia conseguido reunir todas as mulheres, de todas as cidades gregas no qual estavam guerreando entre si.

Durante a reunião ela vai dando exemplos das próprias mulheres, que praticamente perderam seus maridos para a guerra, afirmando que eles vivem viajando e muitas delas passam meses sem olhaá-los. Lisístrata expos sua ideia de fazer a greve do sexo. No início, as mulheres não aceitaram essa idéia, pois afirmavam que não iriam conseguir, nem resistir ficar sem seus maridos; dormir na mesma cama e nada acontecer.

Lisístrata então, disse, que isso era para um bem maior e que depois disso, elas iriam ter mais tempo perto deles.

Durante a peça há o coro de velhos, que se posicionam contra as mulheres guerreiras. Eles se fazem de vítimas para que as mulheres sejam presas pelos militares. Elas, então, se unem e deixam com medo os próprios soldados.

Durante a peça, há o exemplo da Mirrina e Cinésias. Mirrina estava alojada junto com as mulheres grevistas, e seu marido, Cinésias, foi lá para tentar levá-la de volta para casa, ou simplesmente para “celebrar os mistérios de Afrodite”. Mirrina, por conselho de Lisístrata, foi falar com o marido e mesmo quando ele achava que ela estava cedendo, ela só o enrolava, fazendo com que ele ficasse com mais vontade de te-la de volta.

Com uma ereção universal, os homens entram com uma proposta de paz. Mesmo os mais velhos se assustavam com o resultado que as mulheres os deixaram. Os embaixadores de toda a grécia chegam para discutirem a paz.

No final, os gregos se entendem, fazem um grande banquete. E na casa de Lisistrata, após expulsar todos, seus marido aparece, com um gesto feito por ela, ele atende e tira toda a paramentação militar. “Ele estende as mãos. Ela avança, se ajoelha, beija-lhe as mãos em submissão”.

No final do livro há uma explicação sobre a peça. Lisístrata foi representada pela primeira vez em um festival de teatro em 411 a. C. As mulheres nem sequer eram consideradas cidadãs atenienses. Mas na peça elas se reunem, deliberam sobre o futuro de sua sociedade e dos seus, ameaçado pela guerra e tomam uma atitude drástica.

O caráter satírico dos gêneros cômicos facilitava a inversão dos costumes, colocando as mulheres com papéis de suma importância nas peças. Cenas absurdas e o tom obsceno do enredo, provém das origens mágicas e ritualísticas do teatro e das relações desde com os cultos pagãos e humanistas à fecundidade e à fertilidade. É bom lembrar que os papéis de mulheres, quem faziam eram homens com máscaras brancas e o papel de homens era feito com máscaras pretas.

Nenhum comentário: