sábado, 3 de janeiro de 2009

Dia 30 de Dezembro de 2008 Terça-feira.

O ano terminando. Todos se preparando para a virada do ano. Comprando roupas novas, viajando para passar com a família, trocando os presentes do Natal, comprando a comida que vai ser servida no dia 1º, arrumando a casa etc.

Almoço na casa da minha avó. Cheguei antes para ir à Rua Grande e fazer as ultimas compras do Natal que eu estava devendo. Estacionei o carro numa rua perpendicular a da casa da minha avó. Em frente a uma creche e da Floricultura Flor de Maio. Fui à casa dela primeiro pra deixar minha bolsa, peguei o dinheiro e saí. Ainda na rua, chegando à rua perpendicular, o "vigia de carro" Júlio, me chama e diz para eu dar um flagra no meu carro porque tinha um homem rondando querendo roubar o meu estepe.

Fui lá, olhei a pessoa. Um Gol branco entrou na rua, parou e ele entrou no carro no banco de trás. O fumê não deixou que eu olhasse o rosto dele novamente, mas sei muito bem quem ele é, até porque já se diz "vigia de carro" ha muito tempo na Rua das Flores e na Rua do Alecrim e sempre está andando pela rua dos Afogados.

Não vi nada de estranho no meu carro por fora e segui em direção a rua grande. Fiz minhas compras, não demorei muito. Quando estou na Rua dos Afogados, já quase em frente ao PDT, o Júlio me chama e diz novamente que viu o cara circulando meu carro e viu o capô do meu carro aberto, disse também que era pra eu ir lá "como quem não quer nada" e olhar o capô porque ele tinha certeza que tinham levado o meu estepe.

Fui à casa de vovó pegar a chave do carro e meu celular. Cheguei ao carro e abri o capô, o pneu não estava lá. Entrei no carro e liguei pro meu namorado, ele disse pra eu ir fazer a ocorrência na polícia. Liguei pra papai, ele me mandou estacionar na frente da casa de vovó e disse que depois resolveria isso. Optei por esta ultima opção. Não demorou muito meu namorado chegou à casa de vovó, ele chamou o cunhado dele porque é bom de fazer barulho e quando estávamos na porta, meu pai chegou, abaixou o vidro e perguntou pra Júlio se ele não tinha visto isso, estacionou e desceu do carro todo inchado.

Ele continuou andando e subiu a Rua dos Afogados atrás do homem que logo descobri que se chama Wilson, meu namorado e o cunhado dele foram atrás. Da porta da casa de vovó deu para eu ver o Wilson correndo, atravessando a rua, mas logo depois ele estava descendo cercado pelos “três mosqueteiros”. Levaram-no para a frente do PDT. Papai ficou o mandando devolver meu pneu, mas ele ficou o tempo todo negando tê-lo roubado.

Apesar de Júlio ter me falado para não dizer que ele me contou isso, ele resolveu se expor e dizer que o viu com o capô do meu carro aberto. Wilson continuou dizendo que ele não fez nada, que estava trabalhando na outra rua, mas que se responsabilizava e pagaria um pneu novo pra mim.

Papai, então, chamou um capitão que é conhecido dele. Não demorou muito o capitão chegou e levou o Wilson para a Refesa. Júlio foi junto já que ele era a testemunha. Chegou lá, fez a ocorrência e Wilson ficou detido, porque na Delegacia da Refesa não existe mais as celas. Não pode. Não pode mais bater. Direitos humanos caem em cima.

Resultado: depois de todo esse “auê”, depois de toda a Rua dos Afogados ter dado atenção para a confusão que tinha armado em frente ao PDT, o ladrão foi solto no final do dia. E no dia seguinte ele já estava andando novamente pela rua dos Afogados como se nada tivesse acontecido e mandando as pessoas estacionarem nas vagas que ele aponta.

O que podemos fazer? Cruzar os braços e esperar ele fazer isso com outras pessoas? Contratar um matador por R$2.000? Forçar para que o governo tome alguma providencia para a segurança? Acreditar que a cidade vá ficar mais segura com mais iluminação? Caso eu não tenha contado, essa história toda aconteceu entre 12 e 14 horas. Ele deve ter sido solto às 17h. E o mais impressionante é que estacionei o carro em uma rua movimentada e ninguém viu nada.

Nenhum comentário: